Este mês quero sugerir-vos um livro que foi dos melhores que já li durante o ano de 2011. Já inclusive o recomendei a outras pessoas e creio que não há melhor maneira de o fazer do que neste meu cantinho simpático. Foram vários os factores que me fizeram vibrar com este livro, pelo que decidi deixar-vos com a opinião que fiz a esta obra de Markus Zusak.
Quem ainda tem este livro na prateleira, à espera de vez, não pense duas vezes e pegue no livro. Não sabe o que está a perder.
Se por outro lado, não conhece a obra, se sente curiosidade mas está indeciso, aproveito para reforçar a ideia desta rubrica de sugestão de leitura.
Não posso garantir que irão adorar, mas este é um livro que considero por demais, especial.
Sem mais delongas, aqui deixo o que achei desta lindíssima obra:
Opinião:
O que dizer sobre este livro?
Confesso que este é se calhar o livro ao qual mais dificilmente faço a minha crítica.
No entanto, a primeira coisa que sinto necessidade de referir é a classificação que lhe dou. 5/5, bem merecidos.
Existiram vários factores que me fizeram classificar este livro da maneira como o classifiquei.
O primeiro factor que é importante realçar é a estrutura do livro: o livro está dividido em 10 partes, cada uma é uma pequena história que o narrador tem para nos contar. Mas o que realmente se destaca é o facto de estas pequenas histórias se inserirem num enredo geral que engloba todos estes pequenos capítulos.
Depois, todo o livro está estruturado de uma maneira completamente original, a começar pelo facto de que o narrador é uma personagem insólita e bem real – a Morte. Neste livro ficamos a conhecer as várias facetas deste elemento bem real das nossas vidas.
É ela que tem a tarefa de vir buscar as almas e as transportar. Aqui não há distinção entre o Céu e o Inferno. A Morte, ao contrário das nossas crenças não é o significado do mal, mas sim de uma personagem muito mais complexa e com um papel central neste livro.
É ela que nos acompanha nesta jornada: do início ao fim, ela será sempre o elemento omnisciente.
A história começa quando num dia em que a Morte, no decurso do seu trabalho, repara numa menina que rouba um livro, que ficou esquecido na neve. A Morte, a partir desse dia, ficou com curiosidade sobre o acto insólito da rapariga e convida o leitor posteriormente a vir conhecer esta ladra de livros.
Assim sendo, esta leva-nos numa jornada atormentada e difícil que é a vida da menina, que foi entregue a um casal, de modo a ser adoptada por eles.
Aqui começa a história de vida da Liesel Meminger, aquela que seria conhecida como Ladra de Livros.
O livro passa-se numa época bastante conturbada e que todos nós já largamente ouvimos falar e até inclusive já a estudámos. Estamos no ano de 1939, no início de um dos períodos mais difíceis que a sociedade mundial já teve de ultrapassar. A Segunda Guerra Mundial. A acrescentar a esse facto, estamos na Alemanha, país onde se vive na sombra do ditador Adolf Hitler.
Como toda a gente sabe, as suas teorias racistas e anti-semitas, foram responsáveis pelo período que é conhecido como o Holocausto, onde os grupos socais que eram minoritários na Alemanha, como os judeus, testemunhas de Jeová, etc. foram sujeitos a níveis de tortura horrendos.
Quem não tinha olhos azuis e cabelo loiro, não era considerado um alemão de dignidade.
E é nesta conjuntura social que vemos a nossa pequena ladra a viver e a sobreviver, assistindo ao desenrolar da carreira da Liesel e às amizades que ela entretanto vai fazendo.
A escrita de Markus Zusak é altamente cativante e as personagens que ele nos apresenta são de tal modo marcantes, que é impossível não nos deixarmos cativar por elas.
É um livro realmente marcante e intenso, porque nos mostra as circunstâncias daquela época de vários prismas, mas mais importante que tudo, é um livro que nos faz apreciar e aprender o verdadeiro significado da amizade.
Devo confessar que na última parte do livro me emocionei bastante, porque o escritor diz coisas tão bonitas, que realmente deixaram marca.
Apelou muito ao meu lado emocional, não sendo um livro demasiado triste, nem deprimente. É um livro que nos mostra que o ser-humano arranja forças para viver mesmo quando assim não o parece.
Recomendo sem qualquer reserva, a leitura deste livro.
E se ao acabar o livro, não nos sentirmos preenchidos e a pensar que aprendemos qualquer coisa sobre como valorizar uma amizade, é porque é preciso reler o livro com mais calma, mas apreciando a mensagem tão importante que este livro nos traz, ainda que de uma maneira subtil.
Confesso que este é se calhar o livro ao qual mais dificilmente faço a minha crítica.
No entanto, a primeira coisa que sinto necessidade de referir é a classificação que lhe dou. 5/5, bem merecidos.
Existiram vários factores que me fizeram classificar este livro da maneira como o classifiquei.
O primeiro factor que é importante realçar é a estrutura do livro: o livro está dividido em 10 partes, cada uma é uma pequena história que o narrador tem para nos contar. Mas o que realmente se destaca é o facto de estas pequenas histórias se inserirem num enredo geral que engloba todos estes pequenos capítulos.
Depois, todo o livro está estruturado de uma maneira completamente original, a começar pelo facto de que o narrador é uma personagem insólita e bem real – a Morte. Neste livro ficamos a conhecer as várias facetas deste elemento bem real das nossas vidas.
É ela que tem a tarefa de vir buscar as almas e as transportar. Aqui não há distinção entre o Céu e o Inferno. A Morte, ao contrário das nossas crenças não é o significado do mal, mas sim de uma personagem muito mais complexa e com um papel central neste livro.
É ela que nos acompanha nesta jornada: do início ao fim, ela será sempre o elemento omnisciente.
A história começa quando num dia em que a Morte, no decurso do seu trabalho, repara numa menina que rouba um livro, que ficou esquecido na neve. A Morte, a partir desse dia, ficou com curiosidade sobre o acto insólito da rapariga e convida o leitor posteriormente a vir conhecer esta ladra de livros.
Assim sendo, esta leva-nos numa jornada atormentada e difícil que é a vida da menina, que foi entregue a um casal, de modo a ser adoptada por eles.
Aqui começa a história de vida da Liesel Meminger, aquela que seria conhecida como Ladra de Livros.
O livro passa-se numa época bastante conturbada e que todos nós já largamente ouvimos falar e até inclusive já a estudámos. Estamos no ano de 1939, no início de um dos períodos mais difíceis que a sociedade mundial já teve de ultrapassar. A Segunda Guerra Mundial. A acrescentar a esse facto, estamos na Alemanha, país onde se vive na sombra do ditador Adolf Hitler.
Como toda a gente sabe, as suas teorias racistas e anti-semitas, foram responsáveis pelo período que é conhecido como o Holocausto, onde os grupos socais que eram minoritários na Alemanha, como os judeus, testemunhas de Jeová, etc. foram sujeitos a níveis de tortura horrendos.
Quem não tinha olhos azuis e cabelo loiro, não era considerado um alemão de dignidade.
E é nesta conjuntura social que vemos a nossa pequena ladra a viver e a sobreviver, assistindo ao desenrolar da carreira da Liesel e às amizades que ela entretanto vai fazendo.
A escrita de Markus Zusak é altamente cativante e as personagens que ele nos apresenta são de tal modo marcantes, que é impossível não nos deixarmos cativar por elas.
É um livro realmente marcante e intenso, porque nos mostra as circunstâncias daquela época de vários prismas, mas mais importante que tudo, é um livro que nos faz apreciar e aprender o verdadeiro significado da amizade.
Devo confessar que na última parte do livro me emocionei bastante, porque o escritor diz coisas tão bonitas, que realmente deixaram marca.
Apelou muito ao meu lado emocional, não sendo um livro demasiado triste, nem deprimente. É um livro que nos mostra que o ser-humano arranja forças para viver mesmo quando assim não o parece.
Recomendo sem qualquer reserva, a leitura deste livro.
E se ao acabar o livro, não nos sentirmos preenchidos e a pensar que aprendemos qualquer coisa sobre como valorizar uma amizade, é porque é preciso reler o livro com mais calma, mas apreciando a mensagem tão importante que este livro nos traz, ainda que de uma maneira subtil.
Olá! Eu também este livro recentemente, e a minha opinião não poderia ser mais parecida à tua. Mesmo assim queria comentar dois aspetos:
1. Para mim, ler este livro foi como sentar-me em cadeiras de veludo antigas para assistir a uma peça de teatro. Penso que para tal contribuiu o facto da historia ser narrado por essa personagem insólita, a Morte – irónica, mordaz, mas, essencialmente, diferente do que imaginamos.
2. Segundo o meu parecer, a historia que o livro apresenta poderia passar-se durante outro conflito armado. Penso que o seu encanto reside nas personagens, nas suas aventuras e desventuras.
Boa sugestão!
Concordo contigo, Offuscatio. Este livro é como ler uma peça de teatro. E nem damos pelo tempo a passar. A personagem Morte, foi a minha preferida e ainda hoje continua a ser uma das minhas personagens favoritas.
Também concordo que a história se poderia passar durante outra época conturbada, mas acho não a consigo imaginar dessa maneira. Eu gosto bastante da época do Holocausto, de ler sobre ela e saber mais, pelo que este foi outro factor na leitura que me fez apreciar a mesma 🙂
vai ser a minha próxima leitura 🙂
tenho interesse por ler e ver documentários e filmes sobre o holocausto e os regimes ditatoriais que se impuseram no séc XX.
além de que já li um bocado do livro em pdf e adorei quer a prosa do escritor quer o narrador.